O “boom” do mercado imobiliário português

O mercado imobiliário português encontra-se, neste momento, numa fase de grande crescimento.

Após a crise imobiliária que, em 2010, que veio afetar este mercado de formas visíveis,  surgiu finalmente uma recuperação que permitiu a partir do ano 2013, contrariar a tendência decrescente, abrindo espaço ao crescimento e ao progresso.

Depois deste caminho, iniciado em 2013, os avanços foram significativos, tendo o mercado português assistido, a partir de 2015, a uma explosão imobiliária. Este “boom” imobiliário não partiu do nada! Situações diversas e fatores favoráveis contribuíram para que assim fosse. Entre estes, a venda de propriedades em hasta pública; o investimento impulsionado por estrangeiros que viram uma oportunidade no Programa “Residentes não habituais” e Golden Visa; e, claro, como não podia deixar de ser, as próprias mais-valias oferecidas pela vida lusitana (estilo de vida pacato e sereno, equilíbrio entre meios verdes e cosmopolitas, ambiente e cultura de teor hospitaleiro, sensação de segurança, paisagens magníficas e clima ameno e convidativo). Portugal tinha tudo para atrair o investimento imobiliário estrangeiro e foi o que fez, assim que a oportunidade surgiu!

Aliado a tudo isto, o reduzir das taxas de juros, ocorrido igualmente no ano 2015, aliado à liquidez do mercado e à imensa oferta de imóveis, provocou um aumento de 30%, o que foi, igualmente, fator que promove o investimento estrangeiro.

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (IPEMIP) refere mesmo que, entre os anos 2015 e 2016 o crescimento na venda de imóveis em solo nacional foi de 50%, prevendo-se que 2017 traga, agora, um novo crescimento, na ordem dos 30%. Mostrando bem a tendência duradoura deste “boom”, a IPEMIP estima que o investimento imobiliário, neste ano, atingir os mil milhões, provindo 85% deste valor de investimento externo.

A bolha imobiliária, de tendência altamente pessimista, que tanto tem vindo assustar os consumidores poderá, portanto, não passar de mais um caso de pânico social sem fundamento.

A tendência crescente, bem como a escala de progressão, são fortes indicadores de um progresso no mercado imobiliário português. De salientar que a capital portuguesa, Lisboa, foi uma cidade particularmente privilegiada neste aspeto. Chiado, Alfama e Avenida da Liberdade puderam, ao longo da última década, ver os seus imóveis duplicar o valor. Nesta cidade, o preço médio de um apartamento ronda os 3607 euros por metro quadrado.