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Empreendimentos turísticos determinam aposta do concelho de Grândola

Os investimentos turísticos efetuados na península de Troia e os que estão anunciados para o litoral alentejano já começaram a mudar o concelho de Grândola, onde o turismo é cada vez mais a principal aposta de futuro.

O investimento da Torralta, na década de 1970, foi o prelúdio de uma mudança radical, que começou por transformar aquilo que eram as praias do povo, em Troia, num grande empreendimento turístico do grupo Sonae, já a funcionar em pleno, com dois hotéis de cinco estrelas, aparthotéis, zona desportiva, casino, centro equestre e marina, entre outras facilidades turísticas.

Mas os cerca de 45 quilómetros de praias de areias brancas e água cristalina no concelho de Grândola despertaram, também, o interesse de outras empresas e operadores turísticos, alguns já instalados na península de Troia, como a Soltróia e o Eco-Resort e Residências do Grupo Pestana, enquanto outros, como os projetos da Herdade da Comporta, da Costa Terra e da Herdade dos Pinheirinhos, aguardam por melhores dias para a sua concretização, devido à crise económica e financeira que teve início em 2008.

Só o empreendimento turístico da Herdade da Comporta, com um investimento global de 450 milhões euros, previa a instalação de 5.700 camas turísticas, 1.900 residências e um dos maiores campos de golfe do mundo.

O projeto da Herdade do Pinheirinho, um investimento de 167 milhões de euros numa área de 8.000 hectares, tinha prevista a construção de dois hotéis, três aldeamentos turísticos, quatro aparthotéis e 200 moradias, enquanto a Costa Terra, com um investimento anunciado de 510 milhões euros, previa várias infraestruturas turísticas, incluindo hotéis, um aldeamento turístico e um campo de golfe.

O presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, reconhece que a partir dos anos 80 do século passado começou a haver uma nova visão do território do concelho e acredita que o turismo constitui a principal aposta de futuro, mas lamenta o atraso na concretização de alguns projetos que poderiam ser dinamizadores do desenvolvimento económico do concelho e do litoral alentejano.

Toda a requalificação que foi feita em Troia nos últimos anos "é um marco importante, mas depois, ao longo de toda a nossa costa - 45 quilómetros de praias - desenvolveram-se, nos últimos 20 anos, outros empreendimentos interessantes que agora tiveram uma quebra com a crise que teve início em 2008", diz à Lusa Figueira Mendes.

"Apanhámos também a crise do BES (Banco Espírito Santo). A Herdade da Comporta tinha um conjunto de projetos, um hotel de luxo em construção, um campo de golfe praticamente terminado e loteamentos turísticos, alguns já aprovados e em desenvolvimento, mas que estão parados", lamenta.

Figueira Mendes refere, ainda, os projetos da Herdade dos Pinheirinhos, do Grupo Pelicano, que tinha construído um campo de golfe onde já se praticava a modalidade, e as infraestruturas de um grande empreendimento com três hotéis e vários loteamentos e aldeamentos turísticos, já aprovados, mas que, segundo o autarca de Grândola, "é um projeto que também está parado desde há algum tempo".

"Ainda mais a sul, temos o empreendimento da Costa Terra, que do ponto de vista económico e turístico também é muito interessante, com dois ou três hotéis, aldeamentos turísticos, equipamentos sociais e projeto para a construção de um campo de golfe. Com tudo isto, tornávamo-nos um destino de golfe, mas tudo isso parou, embora a empresa Costa Terra esteja a tentar adaptar o projeto à nova realidade", lembra o autarca de Grândola.

O presidente do município sublinha, no entanto, que além dos empreendimentos turísticos que criaram muitos postos de trabalho, diretos e indiretos, nos últimos anos, apareceram alguns equipamentos de turismo rural no interior, que começam a ganhar importância no concelho de Grândola.

"Ainda são poucos, mas estão a ter um êxito muito grande, estão ocupados o ano inteiro. É uma outra vertente do turismo que tem estado a ser muito procurada", afirma o presidente da Câmara de Grândola, dando como exemplo as infraestruturas turísticas do Monte das Faias, Sublime Comporta, Hotel das Sobreiras e Cernada da Serra, todas no concelho de Grândola.

Para alguns ambientalistas, como Francisco Ferreira, presidente da Zero, Associação Sistema Terrestre Sustentável, e antigo presidente da Quercus, a concretização de todos os grandes empreendimentos turísticos previstos para o litoral alentejano poderia significar uma "carga excessiva".

"Na altura em que se previa que todos estes investimentos iam avançar, faltava - e ainda falta - elaborar o Plano de Gestão da Rede Natura Comporta/Galé", diz à agência Lusa Francisco Ferreira, lembrando que também estava prometida a realização de uma avaliação ambiental estratégica.

O Plano de Gestão da Rede Natura Comporta/Galé, "de acordo com as informações que temos por parte do Governo, poderá avançar já este ano e a avaliação ambiental estratégica também poderá vir a avançar, o que significa que as regras que estavam fixadas, e a perspetiva de ocupação inicial, poderá ser alterada, ou seja, poderemos assistir a uma revisão em baixa da taxa de ocupação prevista inicialmente para o litoral alentejano", conclui.

Diário Digital com Lusa

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